domingo, 26 de outubro de 2008

O adjectivo terylene na FBP

A passagem pelo Braço de Prata foi, como de costume, ocasião para ouvirmos coisas novas que ali sempre se escutam, Marta Plantier e Nicole Eisner, foram dois dos espectáculos que tiveram momentos muito bons – maravilhosa a versão da Marta Plantier e Luís Barriga do “Crazy” do Gnarls Barkley e maravilhosa também a versão da Nicole Eisner do “A man with a child in his eyes”, da Kate Bush.

Quanto aos terylene foi ontem ocasião para estrearmos mais umas músicas. Desta vez foi o The nearness of you, com música maravilhosa de Hoagy Carmichael e letra ainda mais extraordinária de Ned Washington, com data de 1938. Parece-nos adequado e homenageia adequadamente o público afectivo e astuto da FBP. É um tema lindo cuja versão mais deliciosa que conheço pertence ao álbum – liiiiindo - The Ballad Book, de Michael Brecker, cantada pelo grande James Taylor. Fizemos uma colagem com o Poinciana que julgamos resultar em pleno e constitui, para mim pelo menos, um dos momentos marcantes dos nossos concertos. Por brincadeira, decidimos reforçar o carácter “terylene” do repertório, incluindo também o “It’s not unusual” do Tom Jones , composta por  Les Reed e letra de Gordon Mills, de 1965. Colámos esta música ao New York, por razões musicais e não líricas. A surpresa gerada é divertida.

A propósito, tem sido muito divertido perceber que no final dos concertos os espectadores que connosco conversam, utilizam a palavra terylene como um adjectivo. “Uma música que podiam tocar é …. Também é muito terylene, não é?”. Uma sugestão excelente que nos deram ontem foi a de acrescentarmos um tema francês ao reportório. Parece-me bem. Next stop, Cerveira. Up, up and away.

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