terça-feira, 22 de dezembro de 2009

roupa nova

Excelente a noite de Sábado no Maxime. Casa cheia. Um público conhecedor que acarinhou sempre os terylene e um espectáculo com muito, muito glamour retro e gente sorridente um pouco por todo o lado. Fiz questão de ligar a minha guitarra ao amplificador sem nenhum efeito. À antiga, back to basics, como acho que se impõe neste tipo de espectáculo que se pretende vintage. Tínhamos a encomenda de cantar uma ou duas canções de Natal. Escolhemos uma: Let it snow. Tem uma progressão harmónica que pode sempre tornar-se interessante e foi isso que investigámos. Ah, não esquecer: estreámos umas novas calças azuis que a P nos arranjou e que combinam exactamente com umas camisas vermelhas. Enfim, tudo muito flashy, kitsch e silly mas sempre tentando perseguir canções bonitas e difíceis e que, por serem tão boas, permitem sempre que se lhes vista roupa nova.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

19 Dez, Sábado, Festa de Natal MAXIME

Farto de ver campanhas anunciando rotas tropicais e um Natal à sombra da bananeira, mas sem dinheiro para a excentricidade? Não se preocupe.

A sua empresa queria um local maravilhoso para uma festa de Natal, mas a crise bateu à porta e estragou a festa? Não se preocupe...

Está farto de levar os amigos a festas de pré-Natal todas iguais, com a pata, a peta, a pita e a popota? Não se preocupe!

As Produções Banana Chic (especialistas em festas larocas) e o Cabaret Maxime, têm tudo o que se procura, num só local, num só dia e numa só festa! Dia 19 de Dezembro faça as malas, reuna o pessoal da empresa, esqueça a hipo-póstuma, traga os amigos, escandalize as amigas e embarque numa viagem aos confins da fantasia, sem sair de Lisboa e sem gastar mais do que o aluguer de um camelo!

Não vai ao Brasil? Paciência, vai ao Tahiti e a Hollywood, pelas mãos das pin-ups do CAIS SODRÉ CABARET!, num espectáculo sensual e divertido, que é uma autêntica viagem espacio-temporal. A sua empresa não fez festa? Melhor ainda: venham festejar ao som d'OS CAMPEÕES DO YÉ-YÉ e dos CABARET DJ's, que vos transportarão às melhores festas dos anos 50 e 60. E, por falar em anos 60, 50, 70, etc – e muito melhor que a pata a peta, a pita e a outra – venha dar a conhecer aos amigos (e amigas!) a música dos TERYLENE, um dueto musical com uma fibra que não é óptica mas é acústica!

Enfim: festas destas, nem em Paris, nem no Cartaxo, nem na Somália. Natal – ou pré-Natal – é no Maxime, e viva o Pai Natal!

Se tiver um grupo grande, fale com o Maxime. Neste dia, a simpática gerência desta casa terá o maior prazer em orçamentar e organizar-lhe um jantarinho natalício do melhor que há!

cabaret maxime - pç. alegria, 58 em lisboa

abertura portas 22h00 . espectáculo 23h30

reserva mesas:213467090 916350427

bilhetes € 10,00

sábado, 12 de setembro de 2009

Braço de ouro

Por vezes divertimo-nos de mais, é o que é. O último espectáculo na Fábrica do Braço de Prata foi - como dizer isto? – memorável. Primeiro, estava eu a caminho das Caldas e ligo o rádio. No preciso momento em que o faço ouço a voz do Nuno Nabais a dizer: “E hoje à noite temos os terylene, um grupo kitsch que se veste a rigor e toca canções dos anos 50 e 60”. Uma verdadeira coincidência feliz. Achei piadaao riso da apresentadora ao repetir o nome da banda “terylene”.

Enfim, o concerto correu de forma excelente. No final o músico Miguel Martinho dizia-nos que existe uma dinâmica muito interessante nos nossos concertos. Onde seria de prever uma dificuldade em gerar dinâmicas, uma vez que se trata de uma banda com um único instrumento, a verdade é que temos músicas que começam muito levemente e tem crescendos e diminuendos muito acentuados que conferem aos concertos um ritmo muito versátil e singular. Achei curiosa esta ideia. Além disso disse-nos outra coisa interessante. Segundo ele resulta esplendidamente reunir este projecto de música com verdadeiro stand up comedy que foi o que os nossos diálogos vão criando de forma natural não programada. “Não há dúvida que vocês gostam muito das músicas que estão a tocar. Tocam-nas com uma sensibilidade pessoal que se transmite. O resultado é passarem essa devoção para o público que aceita o vosso desafio de as encarar como entidades vivas. Cada canção é um ser para ser respeitado. O silêncio é atento. O interesse é genuíno. Tanto quanto a vossa alegria, que equilibram com verdadeiros momentos de intimidade artística. Vocês produzem cumplicidades com pessoas que não vos conhecem de lado nenhum. Isso é raro.”

Gostei muito de ouvir estas coisas. E a verdade é que foi isso que tivemos ontem. Um público calorosíssimo e uma incontrolável vontade de rir que quase nos impedia de tocar temas tão dilacerantemente belos como o “Laura” ou o “Tenderly”. Excelente disposição e um calor de morrer – isto de vestir kitsch tem os seus prejuízos térmicos. Como de costume experimentámos novas versões. Ontem tocámos o “Call me”, numa série minuciosamente seleccionada pelo Ferro, com um arranjo bossa. Não sei se é para ficar, mas ficou bonito. Tenho andado a estudar uma inserção solo, bastante exigente (que o diga o meu mindinho) para o “Smile” e que lhe confere ainda maior delicadeza e intensidade. Apresentei-a pela primeira vez neste concerto. Nos finais de Outubro (24) voltaremos com mais novidades a esta casa de amigos. As saladas de frango estão excelentes. Recomenda-se vivamente.

Bjinhos

Rui

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

mood indigo

Braço de Prata

Porque queremos que saibam e que não nos digam que não avisamos aqui vai: os Terylene estarão no próximo dia 10 de Setembro na Fábrica do Braço de Prata, a partir das 22h30 e voltarão a actuar no dia 24 de Outubro, a partir das 24h30, sempre na sala Nietzsche. Como sempre, haverá novidades no alinhamento. Entretanto andamos embeiçados por uma canção escrita pelo Thad Jones. To you. 72 acordes, nem mais.

Só encontrei este vídeo. Mas aquilo continua maravilhosamente.

domingo, 26 de julho de 2009

Vila Franca de Gira

Depois do concerto da Mãe d’Água fomos contactados por um amigo que nos perguntou assim: “Vocês fazem casamentos?”. Respondemos que não. Ele disse logo, entusiasmado:”Óptimo, porque eu quero que vão tocar no meu e não quero lá ninguém que faça casamentos. Quero que dêem um concerto no meu casamento.” E atirou logo com uma data. Tentámos que o tempo arrefecesse o seu empolgamento mas nas semanas que se seguiram manteve a sua perseverança. O seu prazer em ter-nos lá era evidentemente generoso. Acabámos por ir tocar a Vila Franca de Xira onde, por coincidência, encontrámos alguns amigos que agora nos querem ver a tocar num jardim lindo de Lisboa. Estamos a pensar seriamente nesse projecto. Vejamos como avança. Mas, voltando ao himeneu, foi muitíssimo agradável perceber que os convivas estiveram sempre de ouvido bem atento às canções deslumbrantes que tentamos respeitar. Tive também a oportunidade de fazer algumas experiências instrumentais ao vivo que havia testado em casa. É muito divertido produzir música improvisada num ambiente em que as pessoas estejam realmente a ouvir. E muito, muito atentas. A certo ponto interrogámo-nos se não estaríamos a assumir demasiada notoriedade. Felizmente o vestido da noiva era tão divertido e tão diferente – com uma generosa aplicação de papel pardo – que arrebatou não apenas o noivo mas todos os comentários. Foi um dia muitíssimo bem passado. Não ficámos nada arrependidos. Correu tudo muitíssimo bem. Uma experiência muito… Xira. Felicidades, pois.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

dois em um

Ufa. Dois concertos num só dia. Não é a primeira vez mas é sempre complicado. Estivemos a tocar em frente à mãe d'Água, Lisboa, a convite de uma dinâmica Junta de Freguesia. O ambiente foi tão inesperadamente caloroso que nos sentimos absolutamente em casa. E digo inesperadamente porque não conhecíamos ainda suficientemente bem os nossos anfitriões e não sabíamos exactamente com o que contar. Pois acabou por se revelar uma noite memorável, num enquadramento belíssimo e que nos deixou com muita vontade de rever aquele grupo de pessoas. (Só o resultado com a Albânia é que não esteve com nada). O público aderiu optimamente ao nosso espectáculo e manteve aquele sorriso sereno que as nossas actuações sempre parecem proporcionar. O alinhamento foi muito criteriosamente escolhido pelo Francisco e a sua voz parece conseguir sempre gerar o sorriso e a doçura que as canções pedem. E isso transmite-se, presumo. Uma noite linda, cálida e luminosa por uma lua cheia que deixou brilhar como deviam estas canções lindíssimas.

 

A seguir, descemos a rua e fomos participar, como convidados, no Vintage Deluxe Hot Cabaret, no feérico Maxime. Tocámos apenas cinco temas no decurso da noite e sentimo-nos maravilhosamente bem. O espectáculo é muito divertido e inocentemente "picante" e proporciona umas excelentes duas horas de diversão contínua. Morro de riso com o conceito de um urso gigantesco e etílico a tocar o "Love me tender" em cavaquinho. O aparente amadorismo da função faz jus à tradição cabaretiana e as meninas são encantadoras. Depois há os excelentes jingles do Gimba e a voz do Ferro e da Susie que não me canso de ouvir. São demasiadas as razões para nunca perder a oportunidade de ver e rever um espectáculo das produções banana que, quer se queira quer não, é sempre diferente e cheio de cumplicidades e naughties piscar de olhos. Enfim um sucesso absoluto a que muito nos honrou podermos associar-nos. Que belíssimo dia.

camisas novas

Já há algum que não actualizo estas entradas. Desculpem. Mas os terylene não param e nem sempre há tempo para tudo. NEWS FLASH: temos camisas novas. São vermelhas e absolutamente glaring splash. Feitas de encomenda pela D. Teresa, perfeitíssima nos detalhes, que nos tira as medidas todas. Neste momento os terylene têm um guarda-roupa que mete alguma impressão. É divertidíssimo pensar que uma das questões que sempre se coloca antes de um espectáculo é o de escolher o “uniforme” que se irá trajar. Só o irrisório de ter de se tomar decisões destas é suficientemente kitsch para que tudo isto valha tanto a pena, como vale. Beijinhos e abraços.