Ufa. Dois concertos num só dia. Não é a primeira vez mas é sempre complicado. Estivemos a tocar em frente à mãe d'Água, Lisboa, a convite de uma dinâmica Junta de Freguesia. O ambiente foi tão inesperadamente caloroso que nos sentimos absolutamente em casa. E digo inesperadamente porque não conhecíamos ainda suficientemente bem os nossos anfitriões e não sabíamos exactamente com o que contar. Pois acabou por se revelar uma noite memorável, num enquadramento belíssimo e que nos deixou com muita vontade de rever aquele grupo de pessoas. (Só o resultado com a Albânia é que não esteve com nada). O público aderiu optimamente ao nosso espectáculo e manteve aquele sorriso sereno que as nossas actuações sempre parecem proporcionar. O alinhamento foi muito criteriosamente escolhido pelo Francisco e a sua voz parece conseguir sempre gerar o sorriso e a doçura que as canções pedem. E isso transmite-se, presumo. Uma noite linda, cálida e luminosa por uma lua cheia que deixou brilhar como deviam estas canções lindíssimas.
A seguir, descemos a rua e fomos participar, como convidados, no Vintage Deluxe Hot Cabaret, no feérico Maxime. Tocámos apenas cinco temas no decurso da noite e sentimo-nos maravilhosamente bem. O espectáculo é muito divertido e inocentemente "picante" e proporciona umas excelentes duas horas de diversão contínua. Morro de riso com o conceito de um urso gigantesco e etílico a tocar o "Love me tender" em cavaquinho. O aparente amadorismo da função faz jus à tradição cabaretiana e as meninas são encantadoras. Depois há os excelentes jingles do Gimba e a voz do Ferro e da Susie que não me canso de ouvir. São demasiadas as razões para nunca perder a oportunidade de ver e rever um espectáculo das produções banana que, quer se queira quer não, é sempre diferente e cheio de cumplicidades e naughties piscar de olhos. Enfim um sucesso absoluto a que muito nos honrou podermos associar-nos. Que belíssimo dia.
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